Oi Oi!
Mais uma edição da nossa Speak Easy! A ideia aqui é reunir dicas aleatórias para nossa vida ser menos boring e sermos menos engolidos pelo caos diário… vamos explorar de maneira fácil assuntos variados, um jeito fun de aumentar nosso repertório para conversas casuais. Por isso o nome! Afinal esses encontros que nos fazem deixar o celular de lado e descobrir algo novo são meu hobby favorito! Yey!
Para isso nada melhor do que recorrer ao meu hall de amigos brilhantes para escrever aqui, cada um com sua expertise e para quem corro para perguntar quando quero entender melhor determinado assunto.
Thaís é a estrela dessa edição e a minha amiga mais perto do canal off que acho que sou capaz de chegar!
Com um estilo de vida easy & cool e recheado de esportes não óbvios ela vive desbravando esse mundão em cenários paradisíacos no seu tempo livre!
Nos últimos anos ela pegou gosto pelo Kitesurf, que parece que vem ganhando bastante adeptos por aí! Pedi pra ela contar um pouco sobre esse esporte, pra quem tem interesse mesmo que não pratique (oi!), e até para praticantes que podem querer trocar experiências com ela!
Aprendi muito com o conteúdo dela e mesmo não praticante acredito que consigo conversar sobre o assunto ( e não é essa a ideia do speak easy?) =)
Obrigada amiga, por topar escrever por aqui e pelas palavras carinhosass que você escreveu sobre mim! <3
Com vocês: Thata!
Confesso que ler não é muito minha praia... Começo uma leitura, depois de um, dois parágrafos, me distraio com o celular, volto pra leitura, tento mais uns parágrafos, penso “ah, depois eu continuo”. No dia seguinte, tento de novo, penso em ler um livro de algum assunto que me interesse, repito a rotina, mas de repente, o vício pelo candy crush fala mais alto, volto pro celular e vou deixando de lado. É assim com livro, com notícias, com artigos, enfim... Pra mim, a famosa leitura dinâmica já funciona (ler apenas os títulos das reportagens, o resumo de um livro, etc...), mas o The Multitasking Mind é uma das poucas coisas que leio, do começo ao fim, sem parar, sempre que recebo no meu e-mail.
Eu amo os conteúdos “cool”, “vintage”, “chic”, cheios de reflexões, palavras e termos que nunca tinha ouvido antes (jovem ela) e dicas bem fora da caixinha que vem em cada edição (quando não é o The Multitasking Tips que é uma edição exclusiva – normalmente só para assinantes – com dicas em que eu sempre me pergunto “Minha nossa Senhora... Como a Mariana descobriu isso?”. Ah, não poderia deixar de falar também que a forma leve como a minha gruda escreve, afaga qualquer coraçãozinho. Gruda, vc é FODA!
Escrever então... PIOR AINDA! Mas, um belo dia, depois de umas trocas de mensagens no Whatsapp, a Mari me manda “Ami, vc não quer escrever pro o speaky easy não? Já que tá aí à toa” ... Então, já que “estou aí, à toa”, lá vou eu pra essa missão quase impossível pra falar um pouquinho de um esporte que eu amo de paixão e tá bem em alta entre os “Faria Limers” – o KITESURF!
O kitesurf da forma como conhecemos atualmente foi criado em 1985 pelos irmãos Legaignoux, windsurfistas franceses, e, somente 10 anos depois que a pipa passou a ser produzida e comercializada. O primeiro campeonato mundial aconteceu em 1998, no Hawaii, e Robby Naish foi um dos responsáveis pela divulgação do esporte, sendo o primeiro campeão mundial de kite. Em 2000 teve início o circuito mundial de kitesurf, em que uma das etapas foi realizada no Brasil.
Em 2011 fui com meu namorado (hoje meu maridão) pra uma dessas festas de Reveillon no Nordeste (em Barra Grande do Piauí) e lá foi a primeira vez que tive contato (visual) com o esporte. Num fim de tarde com um pôr do sol incrível, estávamos com uns amigos sentados na areia da praia conversando, um baita vento, e haviam algumas pessoas na água com as “pipas” colorindo o céu. Meu marido, que é a pessoa mais ativa e atleta que conheço, ficou fascinado. Ele falou: “vou aprender isso aí pra conseguir surfar quando tiver vento”. Foi então, que nessa mesma viagem, pós Reveillon, seguimos para uma semana em Jeri e lá ele fez as primeiras aulas. Eu, sendo a pessoa mais preguiçosa para esportes do planeta, fiquei na areia, tirando fotos e filmando aquela nova descoberta.
O Nordeste do Brasil é considerado um dos melhores lugares do mundo para aprender e praticar kitesurf. A temperatura agradável, a água quente, a beleza das praias, os inúmeros points e principalmente as condições de vento são extremamente favoráveis para prática do esporte. Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão tem diversos lugares propícios para a prática do kite contando com boa infraestrutura.
É um esporte super democrático, em que crianças, adultos e até aqueles mais aventureiros de 60+ podem praticar. Pode ser bem perigoso, ainda mais que lidamos com a natureza (vento, mar, etc), mas se praticado de forma adequada e segura, o risco é muito baixo.
Existem diversas modalidades: freestyle, kitewave, downwind, race, freeride, entre outras.
Os equipamentos são: prancha, trapézio, leash, barra e claro, o kite. Sempre bom estar com colete salva-vidas e capacete (iniciantes principalmente).
Mas prepare o bolso caso queira se dedicar ao esporte. Os equipamentos são importados e costumam ser bem caros. Importante procurar por escolas ou professores certificados IKO. Paga-se normalmente por hora/aula e o recomendado é fazer 10h de aula. Com esse tempo, você conhece sobre os equipamentos, segurança, tem noções básicas de auto resgate, aprende a ter o controle da prancha, fazer body drag (ou a posição do “super-homem” - importante para segurança e para recuperar o equipamento quando estiver na água), subir na prancha e velejar de um lado para o outro, e, algumas vezes até consegue aprender as transições (fazer a volta sem precisar deitar na água).
Voltar andando pela areia da praia enquanto o professor volta velejando é comum, então não se preocupe com a “Walk of shame”. Todo mundo passa por isso (rs). No kite é preciso ter bastante resiliência, porque você vai cair, vai engolir (MUITA) água, vai ficar com o bikini/sunga cheio de areia, vai deixar o kite cair... Enfim, vai ter perrengue SIM!
Orçar, fazer transições com facilidade, saltar, fazer manobras, downwinds são mais difíceis e você vai aprendendo com o tempo. Mas vale dizer que nesse esporte, pode-se evoluir muito rápido. No início parece difícil, mas juro que é como andar de bicicleta... depois que aprende, você vai que vai (rs).
Eu entrei pro kite durante a pandemia, em 2020. Depois de 10 meses trancados em casa, eu e meu marido resolvemos ir para Ilha do Guajiru passar uns dias de férias e tentar voltar a viver no novo normal. Ele tinha ido um ano antes para velejar e queria muito que eu aprendesse também. Mão de vaca que sou, disse “tá doido que vou gastar esse dinheiro pra FAZER KITE?”. Ele, então, resolveu me patrocinar (e segundo ele “foi o melhor investimento que já fez na vida” 😉 rsrs). Fomos com dois casais de amigos, eu e os meninos fizemos aulas. A Ilha do Guajiru é um lugar que eu recomendo MUITO para quem quer aprender. Tem um braço de mar que fica protegido por uma bancada de areia, ou seja, não tem onda! É incrível. A cidadezinha é charmosinha, têm ótimos hotéis, pousadas e restaurantes e fica à aprox. 3h de Fortaleza.
O bichinho do kite me picou. Hoje, depois de 3 anos, continuo praticando, viajando e querendo conhecer mais lugares para velejar! Meu objetivo é conseguir (em algum momento da vida) cruzar do Rio Grande do Norte ao Maranhão, velejando.
Em outubro de 2021 começou o primeiro rally de kitesurf de longa distância do mundo: o SERTÕES KITESURF. É uma competição que conta com diversas categorias e reúne velejadores experientes e amadores/aventureiros, com a dinâmica de cumprir a maior distância no menor tempo. Em 2023 a prova foi 100% no Ceará, tendo um roteiro de 460km para as categorias pro/elite e 280km para as categorias adventure/master.
Se você gosta de esportes aquáticos, fica a dica para uma nova aventura! Ah, e não esquece o protetor solar! 😉